Quem diria!
Já em férias,
Deste tempo por aí,
Após longa jornada,
E de tantas poesias,
Que falaram da vida,
De reflexões e dos dias.
–
Quem diria!
Que mesmo depois de ido,
Restou-me uma maneira de viver,
Aferra-me ainda uma alegria.
De me prestar ao amparo,
De dar ainda agasalho,
A almas,
Em tristeza ou agonia.
–
Por isto, acho eu,
Que de todo não parti,
Pois ficou meu recado,
Ficou um pouco de mim.
Um jeito de servir.
Oferecer um ombro amigo,
A quem espera um socorro,
Ou a um espírito em desconsolo.
–
Estou aqui!
Pode vir!
Ampara-te em meu colo,
E tua cabeça na minha!
Consolar-te-ei.
E só de estar envolto,
Nesta áurea de humanidade,
Onde quer que eu esteja,
Estarei feliz.
Em extasia!
Alberto Duarte Bezerra