Para muitos de nós, vencer a batalha contra o coronavírus significa retornar quase que de imediato às atividades diárias. Mas há casos, em especial em idosos frágeis, que apresentaram síndrome pós-COVID.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), organização norte-americana que gera dados sobre saúde pública, calcula que um a cada três infectados enfrentarão problemas crônicos estimulados pelo vírus.
Neste artigo, você confere quais são as principais sequelas da infecção pelo coronavírus e como os idosos podem enfrentá-las.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SÍNDROME PÓS-COVID?
Como a maioria das complicações relacionadas ao coronavírus, ainda não se sabe a causa exata para o desenvolvimento da síndrome pós-COVID, que parece ser mais frequente em pessoas com a idade mais avançada e com o organismo debilitado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas costumam aparecem até três meses depois da infecção e permanecer por pelo menos dois meses. Para ser considerada síndrome pós-COVID, o paciente não pode apresentar outro diagnóstico que justifique os sintomas.
Entre os sintomas observados estão a sensação de falta de ar, cansaço excessivo, dores musculares, perda de paladar e/ou do olfato, nariz entupido, pressão no peito, palpitações, diarreia e tosse.
A avaliação médica é indicada quando os sintomas persistem e se agravam.
QUAIS SÃO AS SEQUELAS MAIS GRAVES?
- FIBROSE NOS PULMÕES
A falta de ar e a dificuldade de respirar podem evoluir para a chamada fibrose pulmonar, causada pela lesão e respectiva cicatrização dos pulmões. O tecido que envolve os sacos aéreos engrossa, dificultando a passagem do oxigênio para a corrente sanguínea.
- BRONQUIOLITE OBLITERANTE
Os sintomas mencionados acima podem evoluir para bronquiolite obliterante, doença crônica em que as células pulmonares não se recuperam após inflamação ou infecção, obstruindo as vias respiratórias.
- FIBROSE NOS RINS
A infecção do coronavírus enfraquece o sistema imunológico, podendo levar células inflamatórias aos rins, gerando o processo de fibrose. Em alguns casos pode ocorrer insuficiência renal aguda, com necessidade de diálise.
- AGRAVAMENTO DE DOENÇAS PREEXISTENTES
Ainda não se sabe o porquê, mas os diabéticos podem ter seus quadros evoluídos, dificultando o tratamento da doença. A ansiedade e a depressão também são condições agravadas pelos traumas da pandemia, seja por medo do inesperado ou pela perda de familiares.
- Declínio Cognitivo: perda de memória, dificuldade em atenção e foco, e perdas funcionais estão sendo observadas em jovens e idosos após o quadro infeccioso.
COMO OS IDOSOS DEVEM ENFRENTAR A SÍNDROME PÓS-COVID?
Deve ser iniciado com urgência o processo de reabilitação, visando a recuperação do potencial físico, cognitivo e emocional do idoso. Os atendimentos podem ser em grupo ou individual, de acordo com os sintomas e necessidades de cada caso.
Principalmente para o idoso que já apresentava comorbidades, a reabilitação cardiovascular , condicionamento físico e reabilitação cognitiva otimizam as chances de as sequelas não evoluírem para condições mais graves.
Os exercícios de baixo impacto, que também devem ser realizados na companhia de um profissional, são uma resposta para o cansaço excessivo, uma vez que incentivam a retomada das atividades diárias. Eles também exigem pouco da musculatura e das articulações, evitando dores intensas.
Finalmente, para combater a tosse hidrate-se constantemente e para reduzir as dores de cabeça invista em boas noites de sono.
A equipe de reabilitação pode incluir médicos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e outros profissionais dedicados a cuidar de aspectos clínicos e potencializar a qualidade de vida dos idosos.
Pronto, você já sabe quais são os sintomas mais comuns e quais são as principais sequelas da vida pós-pandêmica. Continue atento e siga os protocolos definidos pelos profissionais da saúde!
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Quais os sintomas de Pneumonia,em idosos,
Pode acontecer Pós COVID?