O periódico científico Alzheimer’s & Dementia publicou recentemente um novo estudo realizado por pesquisadores que identificaram moléculas no sangue que podem servir como pequenos biomarcadores precoces que mostram o risco de desenvolver o Alzheimer.
“Agora está claro que precisamos olhar para além dos caminhos tradicionalmente estudados da amiloide e da tau e entender todo o espectro de patologia envolvida em pessoas que apresentam sintomas de doença de Alzheimer e outras demências”, diz Sudha Seshadri, professor de neurologia e líder do estudo.
De acordo com o professor, há uma necessidade crescente de abordar a prevenção e o tratamento das demências como múltiplos elementos, visto que a doença ocorre por uma causa única. Sendo assim, finalmente os cientistas começaram a olhar para os outros órgãos e tecidos buscando outros marcadores da doença, tirando um pouco o foco do cérebro.
Foram analisados dados de oito estudos que acompanharam um grupo de pessoas de origem europeia em 5 países. Foram analisados também os exames de sangue inciais e os registros da incidência da doença de Alzheimer em todos essas pessoas. Assim, foi possível analisar amostras de sangue de mais de 22 mil pessoas que inicialmente não apresentavam demência, ou antecedentes com AVC ou outras doenças neurológicas que poderiam afetar as funções cognitivas. Durante o acompanhamento foram detectadas 995 pessoas com demência e 745 com Alzheimer.
A esperança é de que esses achados aumentem na busca de novos medicamentos, que hoje em dia se faz tão necessário para o tratamento da doença de Alzheimer e também outras formas de demência. Realmente é emocionante encontrar novos biomarcadores que ajudem a identificar as pessoas que possuem uma maior propensão de desenvolvimento da doença.
Fonte: Tudo ok notícias!